Educação profissional desenvolvida pelo Senac no
Amapá
“A educação profissional é apaixonante!” disse certa vez a
coordenadora do segmento de Infraestrutura do Senac/AP, no momento em que
estava iniciando a minha participação nessa modalidade de ensino. Aquela frase
ficou marcada pela presença constante de meu envolvimento com turmas e alunos
no ensino técnico, e ecoa em minha mente até os dias atuais. Porém,
etimologicamente, a paixão é algo repentino, passageiro, já quando sentimos
amor pelo ensino, nos identificamos e nos envolvemos mais, a fim de melhorar
constantemente a nossa participação na educação profissional.
Considerando inspirador
essas explanações, enfatizo que pensar em educação profissional é lembrar que
essa modalidade de ensino é diferenciada da educação básica, pois ela é
direcionada para a capacitação de competências profissionais requeridas pelos
trabalhadores.
Dessa forma, o ponto mais
superficial que me proponho em tentar esclarecer é a importância da Educação
profissional desenvolvida pelo Senac ao longo dos seus 40 anos de existência -
a princípio no Território Federal do Amapá e após a Assembleia Nacional
Constituinte em 1988, instalação - do
Estado do Amapá.
Localizado
no extremo norte do território brasileiro, o estado do Amapá faz fronteiras com
o Pará, Suriname e Guiana Francesa. Sua capital é Macapá.
A
extensão territorial do Amapá é de 142.814,585 Km2, divididos em 16 municípios.
Conforme contagem realizada em 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a população totaliza 669.526 habitantes, sendo que
89,8% residem em áreas urbanas. Além de Macapá, o Estado conta com outros
municípios de grande importância, os quais são: Santana, Laranjal do Jari,
Oiapoque, Mazagão e Porto Grande.
Assim, o Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac, vem desenvolvendo seus trabalhos em
uma população onde maioria dos habitantes,
residem nas cidades de Macapá e Santana.
E tem sido muito relevante desde a sua formação, em meados da década de
70, ainda no período do Território Federal do Amapá.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTmJn8BSrhRwr4Q9r5iYv1CYaqFAfvEaHZ7nlavC5usjDRZdvqNSNkvAYrC0hG7yVq5bi8nUD0M7JELA9f3Z1D2O61zT5KAVzmLn11lpG1N-v8uKFN00M9YWhoprfpebCXN4Zf3iEkcHE/s200/Senac+Santana.jpg) |
Senac Unidade Santa/AP |
Inspirado no
pressuposto de oferta de educação profissional de qualidade como identidade, a
fim de atender amapaenses de baixa renda e missão de “educar para o trabalho em
atividades do Comércio de Bens, Serviço e Turismo”, de acordo com seu Projeto Político Pedagógico. O Senac/AP, iniciou
sua atividades em 1974, através da Portaria nº 125/74, embasada na Resolução
Senac nº217/74, dando origem a Delegacia Executiva no Território Federal do
Amapá.
Acompanhando a
evolução do processo de desenvolvimento do Estado, e com a promulgação da
constituição brasileira de 1988, o Amapá é elevado à categoria de Estado. E em
1992, a instituição Senac presencia mais uma ruptura na estrutura econômica do
incipiente estado o qual é a implementação da Área de Livre Comercio de
Macapá-Santana, onde incentivou o comércio e impulsionou um aparecimento de um
tímido processo industrial. Esse pequeno salto de desenvolvimento no Estado do
Amapá possibilitou a geração de empregos, incentivou o comércio, a indústria de
pequeno porte e ampliou a área urbana da cidade, atraindo para região amapaense
muitas pessoas oriundas de outros estados da federação.
Diante dessa perspectiva da sociedade
amapaense, faziam-se necessário capacitar para alterar o seu quadro
socioeconômico. Não era possível que o estudante amapaense tivesse que buscar,
obrigatoriamente, outra Unidade Federada para realizar sua formação
profissional.
Fazia-se, então,
necessária a criação de cursos de formação especifica principalmente a de
recursos humanos - imprescindíveis ao processo produtivo. Sendo que, a formação profissional tem mais prestígio a que
oferece ao mercado de trabalho, profissionais que, ao mesmo tempo, conheçam as tecnologias
utilizadas pelas empresas, quanto apreendam às novas tecnologias que surgem.
Neste
contexto, encontra-se o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial no Amapá, com a
responsabilidade de gerar saberes coletivos e flexíveis, sintonizados com as novas bases e novas
formas de organização produtiva, fundadas na produção e difusão de inovações de
cunho tecnológico. Na imagem abaixo temos a turma do Curso de Porteiro e vigia.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3wX5cwf1esVNyds8cf4sETsOU-LdXUtp2ZMcy6E6lLag6QAFTOw78elZQVld8aQfKvKCYMt0GUg8DMkgQ75In8yvJOon8-48LRtk4TOOTl38ApBDGVnFSGfF2iykMEaMy8NIM0ksw7dc/s320/IMG-20150213-WA0016.jpg) |
Turma de Porteiro e Vigia 2014 |
De maneira
geral, Projeto Político Pedagógico
enfatiza que a partir da LDB – Lei de
Diretrizes e Bases para Educação, 1996, a educação profissional no Brasil
passou a ser considerado complementar a Educação Básica, podendo ser
desenvolvida em escolas, em instituições especializadas ou no próprio ambiente
de trabalho. Nesse sentido, ao Senac/AP coube mais uma vez a responsabilidade
social de atender à expectativa da comunidade amapaense, haja vista, que se
implantou, dessa forma por meio de cursos e programas de Formação Inicial e
Continuada de Trabalhadores; Educação Profissional Técnica de Nível Médio.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglEO-C3XDKK-Hzu77R2m3vF_lgz3pOEih132qBZeYUFARosDGuHcZ2xS0ju9FRrHEchlRmfTx5418dj_I_gqiDpBcqZbOD-P99WwQXCyPknNDoh0jrkUQAnhE63wW5bt8uPq-BiO_xA1o/s200/20150915_214611.jpg) |
Turma Tec. em Secretaria Escolar |
Diante
da reforma educacional o Senac/AP, em 1998, ganha mais autonomia e é elevado a
categoria de Departamento Regional, por meio da Resolução Senac nº 714/97.
Assim, o Senac vem desenvolvendo seus trabalhos diante do mais novo estado da
federação brasileira e tenta contemplar os desafios expostos, a fim de estender
ao público a obrigatoriedade de oferta e ensino na modalidade de educação
profissional, na qualidade do direito de cidadão.
Observa-se
que o foco do Senac foi sempre atender as necessidades especificas do povo
amapaense em desenvolver um trabalho educacional comprometido com a inserção e
recolocação dos alunos no mercado de trabalho.
Diante dessa perspectiva a Educação
Profissional desenvolvida pelo Senac no estado do Amapá, instigou-me a pensar
nos desafio que esta modalidade de ensino impôs para os educadores e alunos em
nosso estado, após a LDB/96. Entre os desafios propostos - é refletir sobre
como capacitar os alunos e avaliá-las no desenvolvimento de competências
esperadas. Superando o antigo enfoque da
formação profissional centrado apenas na preparação para a execução de um
determinado conjunto de tarefas, na maior parte das vezes, de maneira rotineira
e burocrática.
Assim, a nova
educação profissional proposta a partir da Lei 9394/96, requer - além do
domínio operacional de um determinado fazer - a compreensão global do processo
produtivo, com a apreensão do saber tecnológico que informa a prática
profissional e a valorização da cultura do trabalho, pela mobilização dos
valores necessários à tomada de decisões.
Nesta
perspectiva, não basta mais aprender a fazer. É preciso saber que existem
outras maneiras para aquele fazer e saber por que se escolheu fazer desta ou
daquela maneira. Abaixo imagens da turma de Porteiro e vigia:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxrZogE7UksVxVf2dacM2kseNXCUU5szYjWmK2-AGRT2ZdM4GdT4Del_jf9GDhIKihWCDtCzfSMy34n7MCpZxJs5L7Vm9ft9vWsAL-RtdusU98OQMgp4sCLXJvTH-zUJkRtDSp50dDDB8/s320/20150903_164800.jpg) |
Aula prática de Primeiros Socorros |
De modo geral, percebe-se
que essa pedagogia educacional proposto pela Lei, onde foi promulgada através
do conselho Nacional de educação os cursos e programas de: formação Inicial e
Continuada de Trabalhadores; Educação Profissional de Nível Médio. Foi
desenvolvida em todo o Brasil e no Estado do Amapá não foi diferente. Diante da
educação profissional prevista pela LDB, o Senac/AP desenvolveu Restaurante-Escola,
Salão de Beleza-Escola e Laboratórios de Informática, que emprestavam sentido
real e ativo à aprendizagem.
O Departamento Regional do Amapá também promoveu a
interiorização de suas ações com a implantação de cursos de PSG nos outros
municípios do Estado. Essa modalidade de atendimento é utilizada, até hoje, em
suas programações no interior do Estado e bairros periféricos da Capital Macapá. A imagem abaixo ocorreu no Curso de Frentista realizado na escola Nilton Balieiro Machado, no bairro Marabaixo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKjcclyfg5QtFhYyBWAKmXGIfStVBPx3AS8HsQFDNhjnvFvcFhRu2fYIZPbrCRm4odbjiLtKbr494-EQPAkYhIS7YE-zrGeNPaIJOmxIy0Dw5EutBgYgyM1YsK69iETFNVus9T_eOk6Sc/s320/20151105_092128.jpg) |
Alunos do curso de Frentista desenvolvendo atividades |